SIBi-UFSCar divulga resultado do Curso On-line de Iniciação em Pesquisa Científica

O Sistema Integrado de Bibliotecas (SIBi-UFSCar), em parceria com a Coordenadoria da Rede de Bibliotecas da Universidade Federal de São Paulo (CRBU/Unifesp), lançou em abril o Curso On-line de Iniciação em Pesquisa Científica, uma proposta inovadora com o objetivo de desenvolver e aprimorar a Competência em Informação (CoInfo) das comunidades acadêmicas das instituições, bem como de outros interessados.

A iniciativa integra o Programa para Formação de Competência em Informação, criado pelo SIBi-UFSCar em 2021, que inicialmente contemplou a educação continuada de profissionais das Bibliotecas da UFSCar. Na nova fase, o Programa avançou na proposta expandindo seu alcance, oferecendo a formação tanto para a comunidade usuária das Bibliotecas quanto para o público externo, reforçando o compromisso com a democratização do acesso ao conhecimento. 

O curso foi ofertado gratuitamente, em formato remoto, assíncrono, sem tutoria e com estrutura modular no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) Moodle. A organização pedagógica foi elaborada pelas bibliotecárias do SIBi e CRBU que atuaram como professoras do curso. O conteúdo foi estruturado a partir de quatro etapas do processo de pesquisa científica: 

  • Fontes de informação e pesquisa: apresentação das principais fontes de pesquisa disponíveis à comunidade UFSCar e como elaborar expressões de busca para uma maior recuperação de conteúdo. 
  • Princípios éticos em pesquisa: apresentação dos conceitos de integridade científica e plágio acadêmico, além de exemplos práticos a respeito das normas para elaboração de citações e referências bibliográficas. 
  • Gestão de pesquisa e produção acadêmica: apresentação de algumas ferramentas para otimização da pesquisa acadêmica, como o gestor de referências Zotero e conceitos e práticas relacionados à gestão de dados de pesquisa, estimulando os estudantes a planejarem, depositarem e compartilharem seus dados de pesquisa. 
  • Identificadores digitais de autor: apresentação dos principais identificadores acadêmicos digitais de pesquisador, como ORCID, Lattes, Scopus ID, Perfil na Web of Science e Perfil no Google Acadêmico. 

O conteúdo foi desenvolvido com base nas demandas mais recorrentes identificadas nas bibliotecas, na experiência das bibliotecárias que atuaram no projeto e na disponibilidade dos recursos apresentados, sejam eles assinados pelas instituições ou de acesso gratuito.

Ao todo, foram emitidos 778 certificados, resultado que evidencia uma demanda significativa por ações formativas com essa natureza, sobretudo pela relevância do tema para as práticas acadêmico-científicas e importância de desenvolver o uso ético e crítico dos recursos digitais para o desenvolvimento de trabalhos nas universidades.

Para o desenvolvimento do curso foram estabelecidas parcerias institucionais com diferentes setores. Na UFSCar, a Secretaria Geral de Educação a Distância (SEaD) auxiliou na formatação das salas de aula no ambiente Moodle e prestou suporte à produção audiovisual. Na Unifesp, o suporte na gravação das videoaulas contou com o trabalho da Rádio Silva (Campus Baixada Santista).

Um dos diferenciais do curso foi o compromisso com a acessibilidade. Todas as videoaulas tiveram a tradução em LIBRAS realizada pela Coordenadoria do Serviço de Tradução e Interpretação de Língua Brasileira de Sinais e Língua Portuguesa (SETILS/UFSCar) e pelo Núcleo de Acessibilidade e Inclusão (NAI/Unifesp). O curso recebeu apoio da Pró-Reitoria de Extensão da UFSCar e da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da Unifesp, fortalecendo ainda mais a colaboração entre as instituições.

Ao final de cada módulo, os concluintes responderam a uma pesquisa de satisfação. De modo geral, a avaliação do curso demonstrou alto índice de satisfação: cerca de 90% e 95% dos respondentes destacaram positivamente os materiais utilizados (apostilas, vídeos e slides), qualidade no conteúdo abordado, formato das aulas e o tempo sugerido para realização do curso. Outro ponto de destaque foi a significativa participação da comunidade externa, com cerca de 20% a 30% dos inscritos vinculados, ou não, com outras instituições, públicas ou privadas, ampliando o alcance social da iniciativa. 

Nesse sentido, o SIBi avalia que a iniciativa superou as expectativas e consolidou-se como uma experiência de sucesso, ao promover o aperfeiçoamento da CoInfo da comunidade usuária por meio de conteúdos a respeito da busca, avaliação e uso ético e estratégico da informação, competências cada vez mais necessárias para o desenvolvimento das pesquisas acadêmicas na universidade. A expectativa é que esta ação seja reeditada e oferecida novamente e que inspire a realização de iniciativas semelhantes de formação em pesquisa científica, buscando reafirmar, continuamente, o papel pedagógico das bibliotecas.

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